Brasileiro tem a mania de querer levar vantagem em tudo. O famoso “jeitinho”. A maior prova disso é a popularização dos MP10, MP11, MP152132 da vida.
Esses MPs são celulares que possuem TV, GPS, Wi-Fi, capacidade de trabalhar com dois chips (dual-SIM), câmera, e até tela sensível ao toque. Outra característica marcante: são baratos. Taí a fórmula ideal para a propagação destes produtos no comércio nacional: mais por menos. O sujeito metido a esperto pensa: “Nossa, com apenas 400 pratas posso levar um celular que faz tudo isso. Como sou esperto!”.
Esse sujeito não teve “culpa”, por assim dizer. Apenas seguiu o pensamento da esmagadora maioria dos brasileiros. E como a maioria dos brasileiros, não consegue enxergar a longo prazo e sequer tem noção do que significa custo-benefício.
O espertalhão comprou um celular cheio de funções e dificilmente usará 10% da capacidade do aparelho. E se usar, vai detonar a bateria em poucas horas. Quem usa GPS? Quem vai aproveitar a internet naquela telinha? Quem vai assistir TV frequentemente? Depois de algum tempo de uso, as funções passam de interessantes a irritantes. Travamentos, usabilidade fraca, bateria se esgotando rapidamente. Isso quando não dá problema nos componentes. Onde vão achar peças de reposição? Onde vão achar assistência técnica? Observe este texto retirado da revista INFO:
“Os clones de iPhone trocam de música com uma chacoalhada para a frente e retrocedem com um movimento para trás. O problema é que esse remelexo não dura muito. Com acabamento frágil, os gadgets têm data de validade curta e funções que só aparecem escritas na embalagem. O visual dos aparelhos engana bem, mas é comum esbarrar com exemplos como o da câmerafone Vaic, que teria resolução de 8 MP, mas, no máximo, captura imagens com 640 por 480 pixels, como uma webcam fuleira. Nos HiPhones, a tampa indica capacidade para guardar 16 GB, quando na verdadeo aparelho traz só um cartão microSD de 1 GB. Não são raros os carregadores, baterias e fones de ouvido que apresentam falhas logo na primeira semana de uso.”
Outro probleminha: causa câncer. Estes aparelhos não são certificados pelos órgãos responsáveis por avaliar o nível de radiação emitidos. Os celulares certificados das marcas mais famosas possuem certificação expressa no manual e no aparelho.
Quem já mexeu num desses aparelhos xing-ling sabe a dificuldade que é navegar pelos menus e encontrar funções simples. Imagine você usando o celular frequentemente. Já vi alguns que travam quando estão reproduzindo música e recebem uma ligação.
Uma frase que é muito válida nesse caso: “O barato sai caro“. Se você deixar cair e quebrar o visor, ou estragar sozinho, diga tchau para seu celular e para seu dinheiro. Talvez você queira se livrar dele antes de estragar, pois não aguenta mais a horrível usabilidade.
Compensa muito mais adquirir um celular de marca reconhecida, pois você com certeza terá o mínimo de qualidade e comprometimento. Dúvida? Pesquise na internet o número de queixas do pessoal que resolveu economizar. Você vai querer deixar de lado o “jeitinho brasileiro” e fazer uma escolha racional.
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