6 de ago. de 2012

Um Gigabyte por segundo! isso é Google Fiber !



Desde fevereiro deste ano a Google vem desenvolvendo um projeto de oferecer não somente serviços on line, mas também um modo de conectar seus usuários. Porém, como tudo que vem da gigante da internet o projeto oferece bem mais que simples conexão.

A partir desse ano, a cidade do Kansas foi a primeira a experimentar o inédito projeto que oferece televisão digital  e internet através de um sistema de última geração que conta com fibras óticas da melhor qualidade e promete vir com tudo pra cima da concorrência!

Batizado de Google Fiber, o novo implemento da Google oferece aos clientes cerca de 1gigabyte por segundo (Gbps) para download e upload e disponibiliza a assinatura de um pacote de TV, o Google Fiber TV, com 160 canais mais 1 terabyte (Tb) de armazenamento no Google Drive.

O Google Fiber foi apresentado em Kansas City, através de um evento que teve a presença do vice-presidente de serviços de acesso da Google, Milo Medin.

“Não há necessidade de cabos, não há necessidade de lerdeza. Não haverá limite, não haverá restrições na velocidade. Estamos oferecendo uma velocidade de 1 gigabyte por segundo”, enfatizou Medin.

Essa revolução afetou diretamente as outras empresas concorrentes, que terão que suar a camisa para conquistar tal excelência em banda larga, e quanto ao Brasil? Até quando nos contentaremos com essa lentidão, já que nossa internet é considerada uma das mais lentas do mundo?

fonte: minilua.com

2 de ago. de 2012

"QUEREMOS LEIS MAIS RÍGIDAS...PARA OS OUTROS"


“Força na peruca! Família unida com o senhor! Lembre-se: já venceu!”

Esta foi a mensagem que o senador cassado, Demóstenes Torres, recebeu de sua afilhada no dia da votação da sua cassação. Tudo muito bonito se não fosse um problema: a garota está confortando um político indecoroso, fantoche no congresso de um contraventor (Carlinhos “Cachoeira”).
Este é um dos problemas na mentalidade do ser humano. Temos laços tão fortes (por interesse ou apenas afetivos) com certas pessoas, que iremos defendê-las mesmo ante as mais pesadas e inequívocas acusações. A mensagem da afilhada mostra uma família que não quer saber se o senador quebrou o decoro ou não: para ela, Demóstenes continua sendo um exemplo de funcionário público, mesmo tendo as gravações dos áudios telefônicos confirmado exatamente o oposto.

É uma mentalidade egoísta típica do brasileiro. Todos querem leis mais duras e severas, mas NINGUÉM quer se submeter a elas. Pergunte para alguém que estaciona na vaga de deficiente físico se ele acha justa a lei que reserva vagas. Pergunte para alguém parado por dirigir alcoolizado se ele acha justo ser preso por conduzir um veículo estando embriagado. Todos querem mais polícia nas ruas, mas veja a revolta de quem é parado por uma blitz ou em um posto da polícia rodoviária. Afinal, a lei e a aplicação desta não é para todos? Por que com você tem que ser diferente? Há alguns casos bem emblemáticos para exemplificar o que quero dizer.

O cantor Agnaldo Timóteo, então vereador de São Paulo, estacionou o carro em local proibido e, ao se ver multado por Evaldo Gomes dos Santos Filho, ligou para o 23º Batalhão para denunciar o guarda. “O comandante Soares (na época comandante do referido Batalhão) mandou que eu liberasse o carro e eu disse não. Mantive a multa e fui repreendido”, lembra.


Em uma ronda em 2002, a guarda Rosimeri Dionísio começou a multar os oito veículos estacionados irregularmente na Rua Lacerda Coutinho, em Copacabana. Entre eles, o Golf verde pertencente ao filho do desembargador Eduardo Mayr, da 7 Câmara Criminal. Ao fazer cumprir a lei, a guarda municipal acabou recebendo uma punição inusitada: foi parar na delegacia e autuada depois de multar o carro do filho de um desembargador e mais sete veículos estacionados em local proibido. O desembargador alegou desacato a autoridade e abuso de poder para fazer o registro de ocorrência na polícia. Mesmo com a péssima repercussão da atitude do desembargador, ele ainda foi homenageado num ato de desagravo que reuniu 280 juízes e desembargadores na Escola de Magistratura.

Recentemente, a desembargadora Iara Castro e a filha Roberta Sanches de Castro, advogada(foto acima), voltavam de um show quando foram paradas pela Polícia Militarem uma blitz da Lei Seca na Avenida Paulista. Segundo os policiais, que não quiseram gravar entrevista, a advogada teria se recusado a fazer o teste do bafômetro. Durante a discussão, gravada no celular por um PM, ela teria chamado a blitz de palhaçada e perguntado aos policiais se eles sabiam com quem eles estavam falando. “Eu tinha me recusado a fazer o teste porque eu acho que é uma arbitrariedade”, disse Roberta. Ou seja, típica mentalidade de quem não aceita que a lei seja aplicada a ela, apenas aos outros.

Esperamos ver um mundo melhor, mais justo, mais seguro, mais civilizado. Contudo, parece que ninguém quer ser o agente ativo desta transformação. Todos esperam que os outros se submetam às leis, joguem lixo no local certo, falem baixo no cinema, etc. Quando chega a nossa hora de escolher entre uma vaga mais distante ou estacionar naquela reservada à idosos, mandamos um belo de um “foda-se” e transgredimos, como se a lei não valesse para nós, como se fôssemos superiores, como se nosso pequeno delito não fosse tão grave assim.

Este comportamento vai de encontro ao que alguns psicólogos sociais chamam de “efeito mais-sagrado-que-vós”. Eles há muito sabem que as pessoas tendem a ser otimistas demais a respeito de suas próprias habilidades e sucessos – com o objetivo de superestimar sua colocação na sala de aula, sua disciplina, sua sinceridade. Todavia, essa propensão ao auto-orgulho pode ser ainda mais forte quando se trata de julgamento moral. As pessoas superestimam sua disposição em fazer o considerado moralmente correto, seja doar à caridade, votar ou ajudar um estranho. Enquanto isso, elas avaliam os outros como sendo piores em relação a si próprias, mas experimentos comprovam que a maioria “falha” em situações que exijam virtudes.

                          Autor: Eduardo Patriota Gusmão Soares / fonte e matéria completa: Bule Voador.

1 de ago. de 2012

UM PEIXE NÃO ESCREVEU ESTE ENSAIO - Richard Carrier

  
É impressionante o número de pessoas que insistem em dizer que eu não sou um ateu. Parece bem óbvio para mim que eu não acredito que qualquer deus exista, e sinceramente acho que isso faz de mim um ateu. Contudo, aí estão essas pessoas, tão insistentes em dizer que eu não posso ser um ateu. “Você é muito bacana”, ela dizem, ou “na verdade, você acredita, só não sabe disso” (como é que é?). Às vezes eu ouço algo como “Você acredita em alguma coisa, e isto, na realidade, é deus” ou “você ainda está procurando, mas ainda vai encontrá-Lo” (ele está convidado a fazer uma visitinha à minha casa quando quiser). Quando eu tenho tempo de conversar com essas pessoas, elas geralmente me dizem isto: que, na verdade, eu sou agnóstico, pois estou querendo admitir que não sei se existe qualquer deus. É aparentemente tão importante para as pessoas acreditarem que eu seja “na verdade, apenas um agnóstico” que eu penso que isto é um sinal assustador do poder que a religião possui sobre as pessoas. É trágico que a simples ideia de que um bom amigo ou parente ser um verdadeiro e declarado ateu seja tão horrível que precise ser negada.

   Às vezes tenho a chance de explicar que sou um ateu, não porque sei que não existe deus, mas porque acredito que não existe deus. Se alguém insistisse que seu peixe de estimação pode falar, eu não poderia dizer que sei que ele não fala, especialmente se não pudesse ir lá verificar, mas ainda seria sensato eu dizer que não existem peixes falantes. A importância disto é que acredito que deus exista da mesma maneira que acredito que peixes possam falar. Certamente, eu não examinei todas espécies de peixes, muito menos cada peixe no mundo, e nem poderia realizar tal façanha; mas a alegação de que eles existem é tão contrária à minha experiência pessoal e aos fatos observados, que eu simplesmente não irei acreditar nisto até que uma prova definitiva seja oferecida. É claro, se eu visitar alguém e seu peixe falar comigo, eu ainda serei sensato ao testar a possibilidade de truque ou de insanidade antes de acreditar que eles realmente possam falar. Mas, se eu me encontrar com vários peixes falantes, e pessoas confiáveis confirmarem isto, e cientistas publicarem estudos cuidadosamente pesquisados sobre eles, e a manchete dos jornais disserem “Descoberta incrível: peixes falantes!”, aí sim seria mais do que razoável acreditar que eles existam. Ninguém duvida de tal bom senso, até que ele seja aplicado à religião.

   Eu nunca vi ou falei com um deus, nem vi um deus fazer algo que fosse, sem sombra de dúvida, divino. As pessoas insistem em dizer que sabem que um deus existe, mas a maioria delas afirma que apenas o sentem, e não oferecem nenhuma outra prova. De fato, é estranho que aqueles poucos que sinceramente oferecem a prova mais legítima, que é a de ouvir deus falando, sejam considerados loucos até pelos crentes. Os crentes estão provavelmente certos sobre isso, mas o seu “sentimento” de que deus existe, a meu ver, não é mais convincente. Qualquer um pode “sentir” que os peixes falam, mas isto não significa que tal fato seja verdade; nem seria uma maneira segura de saber que tal fato é verdade, se ele realmente fosse. As pessoas também dizem que existem bilhões de testemunhas da existência de deus; mas como a grande maioria apenas “sente” que deus existe, nem trilhões de testemunhas seriam suficientes. Eu estou impressionado com o número de pessoas que pensam que se a Terra parasse de girar, nós iríamos todos cair no espaço — elas apenas “sentem” intuitivamente que isto é verdade, apesar de exatamente o oposto acontecer (na verdade, as pessoas no Equador iriam ganhar alguns quilogramas). Eu acredito que bilhões de pessoas “sentem” que deus existe, mas sentimentos são apenas evidências que se sustentam em nossos corações e em nossos sonhos. Sentimentos não dizem muito sobre a realidade fora de nós mesmos.

   As pessoas também afirmam que a Bíblia diz que deus existe. A Bíblia também diz que um cara viveu dentro da barriga de um peixe gigante durante três dias, de algum modo escapando de ser digerido pelos ácidos estomacais; e que uma enchente “tão grande” que cobriu todas montanhas aconteceu para satisfazer o desejo genocida de um deus aparentemente sem criatividade (Por que não fazer todo mundo desaparecer instantaneamente e evitar que as pessoas e os animais do mundo sofressem ao se afogarem?). Considerando que isto me soa como um conto de fadas, eu acho que deus provavelmente é um conto de fadas também. Basicamente, se a Bíblia diz que existem peixes falantes, eu não acreditaria nisso até que visse um por conta própria (a Bíblia realmente alega a existência de asnos falantes). Da mesma maneira, a Bíblia pode dizer que um deus exista, mas eu ainda não acreditarei nisso até que veja um por conta própria.

   Porém, a maioria das pessoas que encontro não percebe que sou antes de tudo um livre-pensador, e só sou um ateu devido à aplicação desse livre-pensamento sobre as evidências disponíveis. As razões que tenho para ser um livre-pensador são na realidade bem diferentes das razões que tenho para não acreditar em um deus. Às vezes uso uma camisa que diz: “Nós todos precisamos de humanidade, não de religião; de razão, não de fé”. Isso tem originado conversas interessantes sobre o porquê de eu ser um livre-pensador. “Isso é um tanto indelicado”, dizem alguns que leem a camisa. Eu pergunto por quê. Parece-me sensato que se a religião fosse banida da Terra, mas fosse substituída por uma raça humana inteira trabalhando em conjunto, não perderíamos nada, e ganharíamos tudo. Logo, nós precisamos de humanidade — isto é, a nossa própria humanidade, a espécie humana como um todo. Mas nós não precisamos de religião — ela não oferece nada que não possa ser obtido através de outros meios.

   Também me parece sensato que se as pessoas vivessem pela razão ao invés de pela fé, muitas tragédias enormes teriam sido evitadas, e um número igual de avanços teria sido feito, especialmente no comportamento humano. Eu não afirmo que isto seja uma receita para a utopia, apenas uma receita para melhoras significativas. Quantas vezes nos encontramos comentando sobre um criminoso ou um político: “Eles são tão estúpidos! Qualquer pessoa racional teria agido de modo totalmente diferente!”. Um criminoso ou um político pode ter a fé que quiser, mas ainda fará coisas estúpidas — e esse é o problema. Portanto, nós só precisamos que as pessoas ajam de maneira inteligente. Nós podemos fazer isso sem fé. Na realidade, a “fé” dos homens-bomba islâmicos e dos destruidores de clínicas de aborto são uma ameaça real à humanidade, da mesma maneira que a “fé” dos membros do Partido Comunista em sua crença de que o comunismo iria nos levar à utopia. As pessoas podem viver sem fé. Porém, elas não podem viver sem razão.

   É claro, geralmente se afirma que precisamos da religião para que a humanidade se comporte e trabalhe em conjunto. Todas as evidências dizem o contrário. A religião notadamente não tem melhorado o comportamento humano. Os pagãos romanos eram muito mais gentis do que os cristãos da Inquisição. A religião também não tem unido cristãos, muçulmanos, budistas e judeus. Com certeza, ela os tem dividido. Na verdade, a religião nunca irá uni-los, isso porque a religião exige que eles compartilhem as mesmas crenças, sem oferecer evidência suficiente de que suas ideias sejam mais corretas que a de qualquer outra pessoa. Por outro lado, a razão é a única coisa que pode realmente unir as pessoas com opiniões divergentes. A razão, por definição, baseia suas decisões nas evidências disponíveis a qualquer um, e permite às pessoas discordarem quando há falta de evidências. A religião nunca fará isto, e esse é o seu problema.

   Também é frequentemente dito que nós precisamos de fé tanto quanto nós precisamos da razão. Geralmente essa afirmação é baseada em uma definição bem ampla de “fé”. Muitos têm dito que os ateus possuem fé como todos os outros, e que ninguém pode viver sem ter fé em algo. No entanto, isto é enganoso. Se você quer dizer que “fé” significa “crença”, então você pode dispensá-la por completo. Na realidade, fé é geralmente empregada para descrever uma justificativa particular para a crença em algo, ao invés de simplesmente dizer que você acredita nesse algo. Se eu digo que acredito que não existam peixes falantes, não é muito produtivo dizer que isso prova que tenho “fé” que peixes não falam; isso porque eu não acredito nisso com fé. Eu acredito nisto por causa das evidências dos meus sentidos e das evidências apresentadas por pessoas empregando o método racional de obtenção da verdade sobre as coisas. Contudo, dizer que você tem “fé” que deus existe significa mais do que apenas dizer que você acredita nisto. Significa que você acredita que deus existe porque você tem fé que ele exista. É a esse significado de fé que a razão se opõe. Eu não acredito em nada com fé. Eu só acredito nas coisas porque eu tenho boas evidências para sustentá-las. E isto é o que significa razão: basear todas as crenças nas evidências dos sentidos, e em nada mais.

   É claro que alguns tentam se aproveitar disso. Por exemplo, eles dizem que eu simplesmente substituí minha fé em deus pela fé na razão. Contudo, só acredito na razão porque as evidências dos meus sentidos têm confirmado que a razão é confiável. Eu não acredito nela com fé. As pessoas também dizem que eu, na verdade, acredito nas coisas que eu nunca vi serem demonstradas, como a existência do urânio ou que meus amigos iriam me defender numa situação de vida-ou-morte. E isso, dizem eles, prova que eu realmente tenho fé em algumas coisas. Porém, nem mesmo essas crenças são realmente baseadas na fé. As evidências dos meus sentidos têm provado até agora que certas fontes são confiáveis o suficiente para que eu acredite nelas se não existirem evidências afirmando exatamente o contrário. A ciência, o jornalismo responsável e as pessoas que eu sei que honestamente utilizam métodos já conhecidos e testados; todos eles têm se provado dignos de confiança pelos meus próprios sentidos. Se suas alegações repentinamente contradissessem a minha experiência pessoal, eu iria parar de acreditar em suas afirmações. As alegações da Bíblia obviamente caem na categoria de “inacreditáveis”. É por isso que eu acho que a existência do urânio é muito mais provável que a existência de um deus. Eu não acredito nisso devido à minha fé na ciência, mas porque as evidências dos meus sentidos dizem que a ciência acerta muito mais vezes do que a Bíblia. Mais do que isso, a ciência admite muito mais rapidamente seus erros do que qualquer religião um dia admitirá. Do mesmo modo, a fé em meus amigos também é baseada em experiências anteriores. As evidências dos meus sentidos provam até agora que as pessoas honestas, misericordiosas e maduras irão defender seus amigos. Logo, todas minhas crenças são baseadas em evidências, e não na fé.

   Por que eu penso dessa maneira? Parece até ingênuo fazer tal pergunta. Realmente faz sentido basear suas crenças em coisas para as quais você não possui boas evidências? “Fé em deus” não é o mesmo que fé na ciência ou nos amigos, ou até em suposições cotidianas como “um peixe não escreveu este ensaio”. Fé em deus significa fé de que algo impressionantemente impossível de acreditar, tanto não provado quanto improvável que seja verdade. Isso simplesmente não é sensato para mim. Eu nunca irei basear minhas crenças em tais produtos da imaginação, pois isso facilmente leva ao erro e à autoilusão. Apesar de o meu coração me dizer coisas úteis sobre mim mesmo, apenas minha mente tem algo de útil para dizer sobre o mundo externo. E ela me diz que deus, assim como peixes falantes, é a maior das ficções.

   Eu suspeito que muitas pessoas pensam que precisam acreditar em deus para que suas vidas tenham sentido, e esta pode muito bem ser a única razão para que acreditem em deus. Mais do que uma suspeita, essa teoria tem sido confirmada várias vezes através de declarações abertas de crentes com os quais falei. Contudo, não é racional acreditar em algo apenas porque você precisa, especialmente quando esse algo possui grandes chances de ser falso. Não é sábio construir um elo emocional com qualquer ideia que possa estar errada, ainda mais se ligar a uma má ideia que pode levá-lo ao erro e à desgraça. Nós todos podemos facilmente ver que um jogador compulsivo “precisa” acreditar que vai ganhar a fim de continuar apostando, mas essa necessidade não possui qualquer correspondência com a verdade. Se as chances são 10 contra 1, não importam as necessidades de um jogador, ele provavelmente estará errado sobre suas chances de ganhar a aposta.

   Considerando que eu sempre vivi a minha vida com significado e alegria, sem a necessidade da crença em um deus ou em uma vida após a morte, eu sei que tais crenças são desnecessárias. Eu também tenho encontrado pessoalmente centenas de outras pessoas que encontram um amplo sentido para a vida sem precisarem da crença em deus ou no paraíso; logo, eu sei que não sou apenas uma aberração da Natureza. Então, quando qualquer pessoa me pergunta por que eu sou um livre-pensador, eu geralmente começo com a resposta curta: não é necessário ou sensato pensar de outra maneira. E, como um livre-pensador, se qualquer crente tentar discutir que você não pode provar que um deus não existe, simplesmente peça para que ele prove que este ensaio não foi escrito por um peixe. Talvez a partir daí ele comece a entender.


tradução: Vinicius de Abreu Waldow
fonte: Sociedade da Terra Redonda
original: A Fish Did Not Write This Essay

Sony coloca à venda família completa de smartphones Xperia.

Com tantas opções de smartphones no mercado, o consumidor provavelmente se sente um tanto perdido na hora de escolher um desses aparelhos. Mas hoje poderemos usar a linha Xperia, da Sony, com sistema Android. Isso porque recentemente a empresa lançou três modelos no Brasil (Xperia S, P e U) que são muito parecidos por fora, mas se destinam a públicos de consumidores bem diferentes.
 A linha Xperia possui três aparelhos ""irmãos"", que acabam se encaixando em vários perfis de usuários, desde os iniciantes no mundo dos celulares inteligentes até os consumidores mais exigentes. Veja a seguir algumas características dos smartphones Xperia S, P e U. Todos com sistema operacional Android 2,3.
 

Perfil 1 – Jovens, mulheres e iniciantes.

Você tem um celular básico ou já teve seu primeiro smartphone. Mas ele na verdade estava mais para celular básico “espertinho” do que propriamente “inteligente”. Não era lá muito rápido, tinha uma tela touch meio empacada e era desconfortável para navegar na internet. O que você quer? Um smartphone de fato “smart”, que não deixe você com inveja daquele seu amigo com um iPhone.

Se você é mulher, não vai dar trela para aparelhos grandes, que não caibam naquele compartimento especial da bolsa (infelizmente ainda feito para um celular basicão caber) ou no bolso da calça (balada feelings).

Se você é "teen", quer uma opção com cara "teen”. Isso significa mais opções de cores e personalização.

Se você anda sem grana (ou é pão-duro convicto), prefere um smartphone com preço no “máximo estourando” de R$ 1.000. Muito mais que isso é gastar dinheiro à toa (com recursos adicionais que você não vai aproveitar tanto). Muito menos que isso… é gastar dinheiro à toa também (com recursos a menos que vão decepcioná-lo).

Apelidado carinhosamente de “Júnior” na linha, o Xperia U (R$ 899) é o smartphone que se encaixaria para pessoas com esse perfil. É um aparelho pequeno, sem ser extremamente minimalista. Cabe confortavelmente na palma da mão e é bem levinho.

No quesito “de fato smart”, o aparelho traz um processador dual-core e Android 2.3 (com atualização prevista até o final deste ano), que garante ao celular funcionamento sem “engasgos” como os encontrados em smartphones muito básicos. A tela de 3,5 polegadas é praticamente igual à do iPhone 4 (mas levemente mais alongada), tem boa resolução de imagens e ótima resposta a comandos por toque. Isso garante uma navegação “okay” em sites, sem você ficar com aquela impressão que já não enxerga tão bem de perto.

Para quem gosta de um mundo mais colorido (não é meu caso), o smartphone “brilha muito”. Tem uma faixa de display transparente que a cada toque pisca na cor do tema escolhido (no meu caso, excepcionalmente, roxinho). Quando você vai passando fotos da galeria do celular (rufem os tambores e toquem os sinos), essa faixa muda de cor de acordo com o tom predominante da foto. Essencial para impressionar os amigos “teens”. A câmera, aproveitando, é de 5 megapixels (como a do iPhone 4), o suficiente para quem quer postar fotos no Instagram. E, para ainda mais cor na vida, ele vem com mais uma opção de capinha inferior (preta + rosa ou preta + amarela ).
 

Perfil 2 – Experientes, discretos e comedidos.

Você já tem um smartphone, mas ele já está com os dias contados. A bateria já não dura tanto, ele anda engasgando em algumas tarefas, o sistema operacional não tem mais atualização para esse hardware, a tela riscou… ou simplesmente você cansou dele (acontece, acontece). Chegou a hora de seguir em frente sem ele.

A diferença aqui para quem pretende comprar um smartphone top de linha é tênue, mas tem relação com o dinheiro que você pretende gastar no “upgrade” do aparelho. Aqui vale o custo-benefício: você vai investir em um smartphone melhor que seu atual e quer um conjunto de recursos bacana.

Um smartphone intermediário tem configuração que vai demorar mais para ser deixada para trás. Aliás, essa configuração dele, há um ano, era a de um top de linha lançado no mercado. Ele pode não ser barato como os básicos, mas pelo menos não beira os R$ 2.000, gasto que pode ser considerado exagerado por alguns.

No caso, o Xperia P (R$ 1.399), irmão do meio da linha, combina algumas características top com outras mais básicas. O processador e o sistema operacional são os mesmos do Xperia U. Mas o smartphone é mais confortável que o “Júnior” por trazer uma tela maior, de 4 polegadas, sem ficar “pesadão”: são só 20 gramas a mais.

Um dos destaques do aparelho é a câmera de 8 megapixels (resolução equivalente à do iPhone 4S), suficiente para você cogitar levar apenas o smartphone na sua próxima viagem de férias e deixar a câmera digital em casa.

No quesito design, aqui a coisa fica mais sóbria. O colorido jovial dá lugar a uma cor neutra (cinza metálico), mais elegante e discreta. Todo aquele brilho do display transparente dá lugar a uma iluminação não tão “de balada”.

O modelo dá suporte à tecnologia NFC, ainda pouco usada no Brasil. Fora daqui, por exemplo, basta aproximar o celular do caixa para usá-lo como cartão de crédito. Aqui, dá para usar o Xperia P com SmartTags, etiquetas que guardam configurações e funcionam como atalhos. Em vez de ir até o menu de viva-voz na tela do celular, basta aproximá-lo da SmartTag correspondente.
 



Perfil 3 – Exigentes, gastadores e “fotógrafos”.

Você sempre está atrás das últimas novidades tecnológicas – e provavelmente não se importa em gastar (muito) em algo recém-lançado no mercado. Você quer um smartphone que impressione (você e os outros), com o máximo de recursos possíveis.

Aqui, também se encaixam os “fanboys”: embora o termo seja comumente usado para nos referirmos aos fãs obstinados da Apple, podemos pegá-lo emprestado. Você é fã da marca e quer ter o smartphone que ela indica como sendo o mais potente de todos.

Certamente, tamanho para você é documento: quanto maior o aparelho, melhor. Tanto no quesito praticidade na visualização de fotos, vídeos e internet, quanto no “vamos impressionar os amigos com meu super celular”.

Outro perfil de consumidor aparece aqui: o fotógrafo. Aquele que só vai ser convencido na compra caso o smartphone possua, além de uma resolução “impressionante” na câmera, um software de fotos que corresponda à altura dos muito megapixels que ela traz.

Nesse caso, há o Sony Xperia S (R$ 1.799), embora ele já esteja atrás dos novos supersmartphones no mercado, que já trazem processadores quad-core. Com seu dual-core com mais 1,5 GHz, superior aos irmãos mais novos da linha, o Xperia S é rápido (mas podia ser mais). Decepciona também a falta de atualização do Android 2.3 para o Ice Cream Sandwich (afinal, o Jelly Bean já vem batendo na porta também). Segundo a Sony, isso deve ocorrer por volta de setembro deste ano.

Sendo assim, o destaque mesmo é a supercâmera do Xperia S. São 12,1 megapixels que permitem fotos boas o bastante para você ver na telona plana da sua TV sem perder resolução – a visualização na tela de 4,3 polegadas também é excelente. Ela é combinada ao sensor Exmor, tecnologia que melhora bastante fotos tiradas em ambientes com luminosidade adversa (muita ou pouca).

O software da câmera também é um caso à parte: assim como câmeras digitais, vem com cenas pré-configuradas (retrato, paisagem, festa, praia, cena noturna, etc) que podem ser ajustadas automaticamente se você preferir. Vem também com redução de olhos vermelhos e recurso de tirar fotos panorâmicas. Sim, deixe sua câmera digital em casa.
 

Motorola Razr Maxx

Apresentado nos Estados Unidos no início do ano, o Motorola Razr Maxx é uma evolução do Razr, só que um pouco mais “gorda” (mais grosso e pesado) e com bateria melhorada, que promete autonomia de quase 20 horas para ligações telefônicas. O aparelho acaba de ser lançado no Brasil, por enquanto com exclusividade na Vivo: na operadora ele custa R$ 699 associado ao plano 3G ilimitado Plus, cuja mensalidade mais baixa é R$ 99.

Em linhas gerais, o aparelho continua com ótimo desempenho – dificilmente trava ou apresenta lentidão no manuseio do touchscreen.  E ainda vem com o sistema IceCream Sandwich (Android 4.0) embarcado,  o que traz funcionalidades interessantes como o desbloqueio de tela por reconhecimento facial (que nem sempre é bom) e vários controles de consumo de dados.
Hardware
 Mexer no smartphone Motorola Razr Maxx é recompensador e frustrante ao mesmo tempo. Agrada, e muito, o fato de a empresa ter “feito a lição de casa”, aumentando a autonomia de bateria do aparelho em relação a seu antecessor, o Razr. Em 12 horas de uso (com Wi-Fi e GPS ligados) nos testes do UOL Tecnologia, o aparelho ainda tinha 90% de carga da bateria. Ao utilizar o smartphone com 3G, a bateria durou um dia todo (atualizando redes sociais -- Twitter, Instagram e Facebook -- e jogando Homem Aranha, que vem embarcado).

Motorola Razr Maxx

Tela: 4,3 polegadas
Câmera dianteira: 8 megapixels
Processador: Dual-core de 1,2 GHz
Sistema: Android IceCream Sandwich
Ponto positivo: Bateria de longa duração para um smartphone
Ponto negativo: Concorrentes top de linha tem configuração de hardware superior

Por outro lado, o smartphone tem praticamente o mesmo hardware do modelo anterior: continua com o processador dual-core de 1,2 GHz, câmera traseira de 8 megapixels e memória RAM de 1 GB. Passa uma impressão do tipo: “espere seis meses até comprar um smartphone recém-lançado, pois a fabricante pode melhorá-lo”. Além disso, concorrentes do Razr Maxx, um aparelho top de linha, já têm processador quad-core -- é o caso do Samsung Galaxy S III.

Para alocar a nova bateria de 3300 mAh, o Razr Maxx também engordou: está 14% mais pesado (127 gramas de seu antecessor contra 145 gramas) e um pouco mais grosso ( 7,1 milímetros contra 8,99 milímetros). No entanto, esse regime de engorda não atrapalha o transporte ou o manuseio do aparelho.

A tela gigante de 4,3 polegadas continua muito boa, com brilho que impressiona. Ao mesmo tempo, o tamanho do display pode incomodar quem tem mão pequena. Algumas vezes é necessário “reacomodar” o aparelho na mão enquanto, por exemplo, navega-se por uma página na internet.

Melhorias de software
 No que diz respeito a software, o Razr Max vem com o Android IceCream Sandwich embarcado -- seu antecessor contava com a versão Gingerbread. O sistema traz notáveis melhorias de rapidez no aparelho. Talvez o maior exemplo seja a câmera. A velocidade entre o clique no disparador e a captação da imagem é altíssima. Disparando continuamente dá aproximadamente um clique por segundo – algo bom para uma câmera de smartphone.

Outra melhoria do sistema operacional são as opções de controle de uso de dados. O usuário consegue controlar, entrando no menu Configurações, o uso de dados em roaming, Wi-Fi e 3G. Pode ser uma boa forma de saber se há alguma anormalidade com o limite de dados que as operadoras oferecem para planos de internet móvel.

Reconhecimento facial
 O sistema do Google dá a opção de desbloquear o aparelho por meio de reconhecimento facial. O usuário tira uma foto de seu rosto e o aparelho entende que aquela é a “senha” para liberar as funções. É fascinante usar: na maioria das vezes funciona tranquilamente.

No entanto, no escuro o reconhecimento não funciona (aliás, o sistema não consegue ver o rosto do usuário). Além disso, não é lá muito seguro. Durante os testes foi tirada uma foto do usuário com outro smartphone. Em seguida, esta foto foi usada para desbloquear o Razr Maxx. Bingo! Deu certo. Basta uma pessoa ter uma imagem do rosto do dono do aparelho, que é possível ter acesso completo a smartphones com Android IceCream Sandwich. Logo, fica a dica: se você quer segurança, não vá de desbloqueio facial.