Por Astier Basílio
Estamos no ano de 1930. É uma sexta-feira, 25 de julho. Precisamente às 18 horas. Com o Palácio em reforma, os despachos do governador, à época denominado presidente, eram feitos na diretoria do jornal A União cujo prédio se situava onde hoje funciona a Assembleia Legislativa. Chefe do Executivo paraibano, João Pessoa era conhecido pelo seu temperamento franco, direto. Enquanto assinava o documento que lavraria o ato de transmissão de cargo ao seu vice, Álvaro de Carvalho, permitiu-se a um gracejo com os funcionários:“Vejo que os senhores ficam sempre muito alegres toda vez que me ausento da Paraíba”
Quem não achou nada engraçado foi o secretário de Segurança, Ademar Vidal: “Então, o presidente vai ao Recife? Acho uma temeridade...”. Como bem observou o seu amigo e auxiliar próximo, o escritor José Américo de Almeida, João Pessoa “era todo direto e sem nenhuma sutileza”. Ao ouvir a ponderação do seu secretário sobre a viagem que faria sem o acompanhamento de qualquer segurança: “Os senhores são muito sentimentais. Vamos deixar de tolice...”.
Como os fatos vieram a comprovar, não se tratava de tolice nenhuma. No dia seguinte, sábado, João Pessoa seria assassinado a tiros na capital pernambucana. O crime completará 80 anos amanhã. A morte do presidente paraibano impulsou os revolucionários, que já arquitetavam a tomada de poder. Eles depuseram Washington Luiz,
dando posse a Getúlio Vargas, candidato derrotado nas eleições presidenciais daquele ano.
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vlw!!
Por lá,os crimes de pistolagem ainda continuam!
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