13 de jul. de 2011

Tim Burton, inclassificável.


Tim Burton é diferente, parece simples demais chama-lo assim, mas numa época em que o cinema é movido somente pelo dinheiro, Tim se destaca como um dos poucos que estão nessa pelo amor à sétima arte.
 E ele se destaca e muito, seus filmes são clássicos, modernos, góticos, fantasmagóricos, bem humorados,e poderia ficar muito tempo nessa de tentar classificar sem encontrar um caminho exato, assim como os filmes de Burton.
 Nascido no ano de 1958 em Burbank na Califórina, Burton é um grande fã da sombria literatura de Edgar Allan Poe, e dos filmes de Vincent Price, sendo esse uma das maiores influências do cineasta. Após terminar a escola, Burton entrou para a California Institute of the Arts, graças a uma bolsa que ele conseguiu através da Disney. Três anos depois já exercendo suas loucuras e trabalhando efetivamente para a Disney, participou das animações The Fox and the Hound (1981) e The Black Cauldron (1985), porém teve divergências criativas com seus colegas.Depois disso os estúdios da Disney resolveram apostar no talento de Burton, e deram sinal verde para sua primeira obra, Vincent(1982), um curta animado sobre um garoto que deseja ser como Vincent Price.Foi como se o próprio Burton estivesse dizendo ao mundo que sempre quis ser Vincent Price!

O primeiro trabalho com o live-action foi com Frankenweenie(1984), paródia em cima do filme Frankenstein (1931), onde um garoto ressucita seu cachorro de estimação. A próxima empreitada de Burton seria o surpreendente sucesso Pee-wee’s Big Adventure(1985), logo em seguida ele entraria em recesso de pelo menos 3 anos, e traria o roteiro de Beetlejuice(1988)-um dos meus preferidos- lançado aqui com o títilo "Os Fantasmas se Divertem", que solidificaria suas principais características como o diretor e gênio que conhecemos, um misto de sombrio com influências de horror e doses de humor. Filme esse que lhe renderia os bons olhos da Warner, e o interesse do estúdio para que ele dirigisse a aguardada adaptação de Batman(1989) para o cinema.

Com o nome em alta em hollywood, ele resolve apostar no cinema autoral, com Filmes feitos a gosto “estranho ou não” do diretor, com uma de suas obras máximas, "Edward Mãos de Tesoura(1990)", filme esse que marca o início de uma longeva parceria entre ele e Johnny Depp, o filme é sucesso instantâneo de crítica e público, sendo considerado pelos mais entusiasmados - como eu - o novo Frankeinstein.


Em 1993 ele volta a trabalhar com animação, agora com stop-motion, na produção de O Estranho Mundo de Jack(Nightmare Before Christimas – 1993), dirigido por Henry Selick. Johnny retorna para mais um filme de Burton , Ed Wood(1994), sobre o pior diretor de todos os tempos, que apesar de ter sido um fracasso nas bilheterias, lhe rendeu uma das suas melhores críticas e dois Oscars. Mas como todo diretor tem um passado negro, Tim Burton errou a mão em Marte Contra-Ataca(Mars Attacks! – 1996).
O filme contava com um elenco estelar, entre eles Jack Nicholson, Glenn Close, Pierce Brosnan e Michael J. Fox, e recebeu péssimas críticas aliada a um enorme fracasso nas bilheterias. Isso pode ser atribuído a estética e história do filme que fogem totalmente ao estilo de Burton, com piadas fracas e infames, justamente por ser uma homenagem os filmes de Ed Wood – Mais uma vez – considerado por muitos o pior diretor de todos os tempos, porém com o tempo acabou ganhando status de cult entre os fervorosos fãs.

Três anos após seu primeiro fracasso, o diretor traz seu primeiro filme de horror real, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (Sleep Hallow – 1999), repetindo mais uma vez a parceria com Johnny Depp, que chega a ter algum sucesso, concorrendo inclusive a três categorias do Oscar, e começa a resgatar o estilo inicial e padrão de Burton.O elenco ainda contava com Cristina Ricci e Christopher Walken.
Depois Burton faria Planetas dos Macacos(2001) , uma refilmagem do clássico homônimo,teve fracas críticas, porém sucesso de público. Foi durante as filmagens que o diretor conheceu sua recente esposa, Helena Bonham Carter.
Em 2003, ele apresenta o cultuado Peixe Grande(Big Fish),que de longe é meu filme preferido do diretor, adaptação do livro de Daniel Wallace, o filme mais emocional de Burton até então, diferente do que os que seu currículo apresentara até o momento, porém desagradou os fãs mais fanáticos, por fugir do conhecido estilo gótico do diretor. Apesar das oscilações em sua carreira, Burton firmou-se como um dos mais populares diretores do século 20.

Ainda viriam em seguida as produções Charlie anda the Chocolate Factory,Corpse Bride, Sweeney Todd, 9 e Alice in Wonderland.
 Fica aqui um resumo da quem é, e da importância que Tim Burton tem na cultura pop atual, sua obra também se apresenta nas artes plásticas, na música, e principalmente no modo como vem mudando a visão de mundo das gerações que acompanham e cultuam a obra de Burton.

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