Um grupo de pesquisadores chineses anunciou nesta semana que conseguiu teletransportar informações entre fótons a uma distância de aproximadamente 16 quilômetros de espaço livre, em um experimento pioneiro do tipo. Até agora, o chamado teletransporte quântico só havia sido realizado com sucesso a poucos metros de distância. O estudo foi publicado na revista Nature Photonics.
O experimento nada tem a ver com as máquinas de filmes de ficção científica que fazem um objeto sumir de um lugar para aparecer em outro. Na verdade, no teletransporte quântico, duas partículas (fótons ou íons) são “emaranhadas”, de modo que seus estados se tornam dependentes mesmo à distância, e cada uma passa a ser afetada a partir de interferências na outra.
No teste realizado pelos chineses, os fótons foram sincronizados ao máximo tanto em termos espaciais quanto de polarização, e aquele com mais energia foi enviado por um canal de 16 quilômetros de comprimento. Os pesquisadores perceberam, o fóton enviado ainda era capaz de responder à mudanças feitas no outro, mesmo nessa distância.
Segundo os autores do estudo, o sucesso do experimento é importante porque torna mais próxima da realidade a possibilidade de comunicação sem a necessidade de sinal eletromagnético. Para se ter uma ideia, a distância de 16 quilômetros é superior à altura que aviões comerciais alcançam em relação à superfície terreste.
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